Pesquisa mostra comportamento e indicativos de consumo do brasileiro com os aparelhos.
Os celulares e smartphones já fazem parte do dia a dia da maioria dos brasileiros, seja para comunicação, diversão ou trabalho. Independentemente da maneira como é utilizado, o comportamento de consumo acerca dos smartphones pode mostrar inúmeras informações importantes da relação dos brasileiros com esses aparelhos.
Uma pesquisa realizada pela Panorama Mobile Time e Opinion Box buscou sintetizar esses dados, mostrando as principais informações sobre o uso de smartphones e celulares no Brasil.
Principais descobertas do estudo
O estudo intitulado “O brasileiro e seu smartphone” foi realizado pelo Panorama Mobile Time e Opinion Box de maneira independente. O objetivo foi mostrar os principais pontos de comportamento relacionados ao celular, assim como preferências e preocupações. A pesquisa foi realizada por questionário online entre 9 e 16 de junho de 2021. 2.177 pessoas participaram.
Entre as perguntas, havia questionamentos sobre o uso do smartphone, pretensão de compra e outros tópicos. Dados mostraram algumas divergências entre gêneros e também de classe econômica. Confira os principais pontos do estudo!
Características mais importantes
Em busca de celulares cada vez mais funcionais e ágeis, o processamento saiu na frente na lista das características mais importantes para o consumidor. Foi constatado que 32% das pessoas consideram a capacidade de processamento o ponto mais importante para escolher um celular.
Depois dele, a memória é outro item imprescindível a ser avaliado. Cerca de 30% das pessoas a colocam como fator importante. A duração da bateria ocupa o terceiro lugar,
com 20% das pessoas priorizando tal característica. Outro ponto levantado pela pesquisa é que a resolução de tela caiu na lista de preocupação de pessoas (apenas 11%), sendo que isso já foi bastante buscado há alguns anos.
Funcionalidade e gênero
Ainda sobre as principais características de funcionalidade, a pesquisa mostrou que há uma diferença entre os gêneros. De acordo com o documento da pesquisa, “enquanto entre os homens o processador é o componente mais importante, citado por 38% deles, entre as mulheres é a memória, apontada por 36% delas”.
Sistema Operacional
O sistema operacional dos smartphones no Brasil mostrou uma grande divergência. Cerca de 85% das pessoas utilizam sistema Android (presente em grande parte dos fabricantes), enquanto apenas 14% usam iOS (o sistema dos celulares da Apple). O 1% restante é de pessoas que não souberam dizer qual o tipo de sistema de seus celulares.
Assim, o smartphone da maçã pode ser bastante conhecido, mas ainda não é o mais utilizado entre a população, além de ser considerado item de luxo, por conta de seu valor elevado em comparação a outras opções do mercado.
Tempo de uso
Apesar de pagarem mais caro, os usuários de iPhone também tendem a ficar mais tempo com os smartphones, mas a diferença não é tão evidente quando comparado ao tempo de uso do Android. A pesquisa mostrou que um iPhone é utilizado por cerca de dois anos e sete meses. Smartphones de sistema Android, por sua vez, tem uso médio de dois anos e dois meses. Ou seja, cinco meses de diferença.
Outro ponto da pesquisa também mostra que “entre consumidores das classes A e B, o tempo médio com o aparelho é de dois anos e três meses e meio, um pouco maior que a média nacional, o que pode ser explicado pela compra de aparelhos mais caros e com maior durabilidade”. A faixa etária também influencia nisso: quanto mais jovem é a pessoa, menos tempo fica com o mesmo celular.
Intenção de compra
Cerca de metade dos brasileiros (51%) disseram ter a intenção de comprar um novo celular nos próximos 12 meses. Os motivos daqueles que não pretendem trocar de celular também são variados: 25% não sentem necessidade, 14% dizem não ter dinheiro para a compra e 10% não sabem dizer uma razão específica.
Além disso, entre as pessoas que não pensam em comprar um smartphone novo, também foi observada uma diferença entre as classes sociais. Nas mais altas, 6% afirmam não ter dinheiro para tal, enquanto nas mais baixas esse número sobe para 17%. Cerca de 36% das pessoas das classes A e B disseram não sentir necessidade de troca, enquanto 22% das classes C, D e E disseram ser esse o motivo.